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Foto do escritorMarta Vieira

Nesta época natalícia decoramos as nossas casas com uma árvore cheia de luzes e objectos brilhantes, temos novos vasos com plantas e reunimos a família para refeições com muitos pratos apetitosos. Para quem tem cães ou gatos curiosos e brincalhões, estas situações podem tornar-se perigosas para a saúde deles. Já para as famílias com animais mais tímidos ou nervosos, estas alterações em casa, juntamente com os fogos de artifício que muitas vezes existem nos dias festivos podem ser causa de stress.


Para começar, relembro alguns dos perigos mais comuns da época natalícia que muitas vezes estão escondidos à vista de todos.


A árvore de Natal, se for um pinheiro verdadeiro tem agulhas que são tóxicas e podem perfurar o intestino quando ingeridas. A água do vaso onde se encontra o pinheiro também tem componentes tóxicos, por isso se tem animais o mais seguro é optar por um pinheiro artificial. Além disso, deve estar segura na parede ou no tecto com um fio de nylon para que não caia caso o seu gato a tente escalar ou o seu cão vá contra ela. As fitas, luzes e decorações de Natal são outra coisa muito atractiva pelo seu brilho e podem ser irresistíveis, principalmente para os gatos. Devemos usar decorações de materiais que não se partem como madeira ou plástico e evitar colocar objectos que possam ser comidos na parte inferior da árvore. As luzes devem ser de baixa voltagem ou estar desligadas sempre que não estejam vigiadas. Assim evitamos queimaduras, cortes ou obstruções no intestino que podem obrigar-nos a ir à clínica veterinária de urgência.


Se tiver cães ou gatos que gostam de brincar com fitas e laços dos presentes, é melhor não os deixar em volta da árvore de Natal, se ingeridas podem causar obstruções intestinais graves.

Os globos de neve, que nos transportam para o imaginário do Natal nos países mais frios, podem conter anticongelante que é extremamente tóxico para os gatos. É preciso muito cuidado para que não se partam e derramem o líquido. As velas devem ser mantidas fora do alcance dos animais para evitar queimaduras e também o risco de incêndio, caso algum as possa deitar ao chão na brincadeira.


Plantas como a Flor de Natal, o visco, a hera ou o azevinho são tóxicas, se as usarem na decoração festiva não se esqueçam de as manter em locais onde não possam ser roídas pelo vosso amigo de 4 patas.


Quando finalmente for o dia do jantar (e almoço) de Natal, não se esqueçam que nem tudo pode ser partilhado com eles, mesmo que façam aqueles olhinhos de quem não come há 15 dias…e avisem as visitas também! Chocolate, uvas, uvas passas, nozes de macadâmia, cebola, alho e álcool estão proibidos para os cães e gatos. Dependendo da dose, os sintomas de intoxicação podem ir de diarreias e vómitos até anemias ou convulsões, dependendo do alimento. No caso do chocolate, quanto mais escuro for, piores podem ser as consequências.



Se temos animais que ficam nervosos quando há mais gente em casa, que não lidam muito bem com crianças ou têm medo de fogos de artifício podemos colocar a sua cama, brinquedos, comida e água numa zona da casa onde as vistas não vão para eles se sentirem mais seguros. Caso o seu cão ou gato não tenha nenhum local, pode criá-lo previamente. No caso dos cães, deve colocar a cama e brinquedos dentro de uma caixa transportadora ou num local mais escondido em casa e começar a passar lá alguns minutos por dia, incentivando-o a ficar relaxado a roer um brinquedo, por exemplo. Isto deve começar a ser feito semanas antes. No caso dos gatos disponibilizar caixas de cartão em zonas mais calmas da casa ou permitir que subam para móveis mais altos onde se possam esconder pode ser suficiente para que se sintam seguros.


As feromonas como o Adaptyl ou Feliway (laboratório Ceva) podem dar uma ajuda nestes casos. O Adaptyl é uma feromona sintética idêntica à que a mãe liberta durante a amamentação dos cachorros que ajuda a mantê-los calmos e seguros. O Feliway é uma feromona sintética idêntica à que os gatos deixam nos locais onde se sentem seguros, através das turras que dão em objectos ou pessoas. O difusor de Adaptyl ou Feliway pode ser colocado no local da casa onde queremos que o cão ou gato se esconda. A coleira Adaptyl é indicada principalmente em cães que passam algum tempo fora de casa. O Adaptyl ou Feliway deve ser colocado uns dias antes e mantido durante um mês.



Desejamos umas Festas Felizes a todos, sempre em segurança e sem stress!


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Foto do escritorMarta Vieira

Antes do Verão chegar já andamos a planear as nossas férias e não podemos esquecer os nossos patudos!

O que vamos fazer com eles nas férias? Será melhor levá-los connosco, deixá-los num hotel para animais ou contratar um pet sitter? Só mesmo você e o seu melhor amigo podem responder a esta pergunta.

O local para onde vai aceita animais? O seu pet gosta de viajar? Ele tolera estar num local diferente com outros animais? Ou está habituado a estar sozinho no seu território? Responda a estas perguntas e procure a melhor opção. Alguns animais não gostam de mudanças na rotina por isso convém planear com antecedência.

Se decidir deixar o seu amigo de quatro patas certifique-se que ele se habitua ao local e pessoas com quem vai ficar. Leve-o a passar um dia no hotel ou peça à pessoa que vai fazer pet sitting que passe lá em casa antes de ir de férias para ver como reagem.

Se levar o patudo de férias não se esqueça de verificar que ele tem todos os documentos em dia. Isto é importante, não só para viajar para o estrangeiro como dento do país! O seu médico veterinário pode ajudá-lo com todas as questões legais, mas não se esqueça que alguns documentos podem levar algum tempo a ficar prontos.

Preparar a bagagem do seu pet também é importante: transportadora, cinto de segurança ou uma rede de segurança para o carro são imprescindíveis tal como comedouros e bebedouros, brinquedos, kit de primeiros socorros e o contacto de uma clínica veterinária próxima do local para onde vai. Se o seu animal enjoa nas viagens ou fica demasiado nervoso fale com o seu médico veterinário pois pode haver alguma medicação ou treino específico para o ajudar.



Finalmente não esqueça de habituar o seu amiguinho ao meio de transporte que vai utilizar. O ideal é fazê-lo o mais cedo possível, começando mal ele chega a nossa casa. Se tem um cachorro ou um gatinho leve-o a passear de carro, comboio, barco e todos os meios de transporte possíveis. Se nunca o fez vai sempre a tempo de começar a treiná-lo.

No caso dos cães pequenos e gatos deve começar por os habituar à caixa de transporte treinando-os uns minutos por dia dando um biscoito de cada vez que eles entrem e fiquem lá por uns instantes. Deixar a transportadora sempre aberta e num local acessível para que o seu cão ou gato possa entrar e sair quando quiser. Colocar lá dentro uma manta ou cama confortável incentiva a que eles fiquem lá a descansar e associem a transportadora a momentos relaxantes. Por vezes pode também deixar um brinquedo ou um biscoito lá dentro para que eles comecem a associar a entrada na transportadora a recompensas agradáveis.

A habituação ao carro é obrigatória para quase todos os animais de estimação. No caso do seu amiguinho não precisar de ser transportado na caixa pode começar logo pela habituação ao carro da mesma forma que se faz com a transportadora. O ideal é ter alguém para conduzir enquanto você o vai recompensando ou usar brinquedos com comida para o manter distraído (desde que o seu pet já esteja habituado a usá-los).

Se precisa de treinar o seu gato ou cão para viajar contacte-me e terei todo o o gosto em ajudá-lo para que possa ir de férias descansado!

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Atualizado: 12 de jul. de 2018

O medo é uma emoção que permite aos animais evitar situações ou actividades que possam ser perigosas. Deveria apenas estar presente em circunstâncias verdadeiramente ameaçadoras para a segurança do cão. No entanto, encontramos animais com uma resposta de medo desproporcionada face a determinados estímulos. Neste caso estamos perante uma fobia.

Nos cães, um dos medos mais frequentes é a ruídos fortes como trovoadas ou fogos de artifício. As reacções podem variar de uma ligeira agitação e procurar os tutores, a reacções de pânico com tentativas de fuga, tremores, ladrar intensamente, defecar, urinar, arfar e babar-se. Este medo exagerado é um problema de bem-estar para os animais.


Os medos e fobias podem ter origem diferentes. Podem ser hereditárias, ou seja, de origem genética porque o medo é uma característica que tem cerca de 40% de hipóteses de passar de pais para filhos. Aparecem geralmente nos primeiros anos de vida e pioram de ano para ano, porque uma das características das fobias é não diminuírem com a habituação. Mesmo que as trovoadas ou os foguetes se apresentem repetidamente e não tenham nenhuma consequência negativa para o animal, o medo aumenta em vez de desaparecer.


Mesmo os cachorros que não tenham pais com estes problemas devem ter contacto com ruídos fortes durante o seu período de socialização, de forma positiva para evitar terem medo deles em adultos. Se esta socialização não for feita de forma adequada é muito provável que em adultos reajam mal da primeira vez que os ouvirem. Por exemplo, se o fogo de artifício estiver muito próximo pode provocar uma experiência traumática e fazer com que a partir daí o cão manifeste medo a todos os ruídos semelhantes.


No caso dos fogos de artifício, os animais não podem prever qual vai ser a sua duração ou intensidade. Esta imprevisibilidade pode fazer com que a resposta de medo seja muito intensa, mesmo perante situações em que os foguetes estejam longe ou sejam de curta duração, pois o animal tem medo que o estímulo possa ficar mais intenso a qualquer momento.


As trovoadas têm um estímulo sonoro (trovão) que causa medo, mas que vem acompanhado de outros estímulos como a chuva, o vento, os relâmpagos e mudanças de pressão atmosférica. Os animais acabam por associar todos estes estímulos ao som que lhes causa medo, podendo mostrar ansiedade perante apenas um dos estímulos, como por exemplo, num dia de chuva.


Além disso, em qualquer destas situações, o facto do animal procurar um esconderijo seguro não faz com que o estímulo desapareça e por isso ele não consegue resolver o seu problema, faça o que fizer. Tudo isto faz com que seja difícil conseguir que um cão que já tem fobia a ruídos fique completamente curado. No entanto, podemos fazer tratamentos que permitam minimizar as reações excessivas de medo, dando bem-estar ao animal.

O ideal é habituar os cachorros, desde bebés, aos ruídos e restantes estímulos associados para que não desenvolvam medo. Para isso devem sempre apresentar-se os ruídos começando por intensidades mais baixas e associar todos estes estímulos (ruídos, chuva, relâmpagos, vento) a situações positivas como brincadeiras e passeios na rua.


O que fazer se temos um cão com medo a trovoadas ou fogos de artifício?

Em dias que preveja que possa haver trovoadas ou fogos de artifício mantenha o seu cão em casa ou num lugar fechado e abrigado.


Feche as janelas, persianas e coloque música suave ou ligue a televisão para se ouvir menos o ruído que vem do exterior.


Se o seu cão se esconde num lugar específico da casa quando há foguetes ou trovoadas (debaixo da cama, num quarto interior, etc) deixe lá a cama dele e brinquedos para que se possa sentir mais seguro. Caso ele não tenha nenhum local, pode criá-lo previamente. Para isso deve colocar a cama e brinquedos dele dentro de uma caixa transportadora ou num local mais escondido em casa e começar a passar lá alguns minutos por dia com o cão incentivando-o a ficar relaxado a roer um brinquedo, por exemplo. Isto deve começar a ser feito semanas antes dos dias em que prevemos que possa haver fogos de artifício ou trovoadas.


As feromonas como o Adaptyl (laboratório Ceva) podem dar uma ajuda nestes casos. O Adaptyl é uma feromona sintética idêntica à que a mãe liberta durante a amamentação dos cachorros que ajuda a mantê-los calmos e seguros. O difusor de Adaptyl pode ser colocado no local da casa onde queremos que o cão se esconda. A coleira Adaptyl pode ser usada caso se preveja que haja uma festa com vários dias ou seja época de trovoadas, principalmente se for um cão que passa algum tempo fora de casa. O Adaptyl deve ser colocado uns dias antes do evento que causa medo ao cão e mantido durante um mês.


Em casos em que haja reações de medo exageradas e o cão se possa ferir ou fugir, poderá ser indicado falar com o seu medico veterinário para medicá-lo nos dias em que sabemos que vão haver trovoadas ou foguetes. Não devem ser usadas fenotiazinas (Calmivet) pois aumenta a ansiedade do animal, já que ele fica consciente dos estímulos que lhe causam medo, mas tem a mobilidade reduzida devido ao efeito da medicação.


No caso de festas em que sabemos que vão haver foguetes, podemos optar por levar o cão para outra localidade onde não haja este tipo de ruído durante, seja ficando em casa de familiares ou num hotel canino (se ele estiver habituado a isso).


Se o seu cão tem fobia a estes ou outros ruídos, entre em contacto para podermos ajudá-lo com o tratamento que melhor se adapta ao seu caso.


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