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Foto do escritorMarta Vieira

O teu amigo de quatro patas tem medo? Não o ignores!

Atualizado: 5 de jul. de 2018


Os humanos, cães, gatos e outros animais têm medo. Tenho várias amigas com medo de aranhas. Não é um animal que lhes cause pânico, mas não ficam descansadas enquanto não virem a aranha fora de casa.

Tive um cão que tinha medo de motas, sempre que via uma na rua, afastava-se para passar o mais longe possível, quer estivesse estacionada ou a andar. Não se pode dizer que ele tivesse algum trauma com motas, podia simplesmente achar que era uma coisas estranha e que por fazer um barulho diferente soava ameaçadora.


Quando tentamos perceber porquê que os nossos amigos caninos ou felinos sentem medo devemos lembrar-nos que o medo é uma emoção que funciona como um instinto protector. Quando um animal se depara com alguma situação que parece perigosa, pouco segura ou simplesmente desconhecida, o medo faz com que queira evitá-la para não por a vida em risco.


Infelizmente, o medo também pode ser incapacitante. Se for demasiado, o medo pode interferir com as reacções e pensamentos normais. Um animal com uma reacção de medo exagerada pode ficar paralisado e sem reacção. Se isto acontecer, por exemplo, quando vê outro animal maior que o vai atacar, pode sair seriamente ferido. Também pode ter uma reacção de fuga, correndo o risco de se perder ou ser atropelado. Por último podem atacar aquilo que lhes causa medo. Esta situação, no caso do meu cão que tinha medo das motas podia resultar num atropelamento com danos para ele ou para outras pessoas.

Há algum tempo atrás, era habitual dizer-se aos tutores de cão para os ignorarem caso eles mostrassem medo. Os especialistas diziam que reconfortar o cão poderia ser entendido como uma recompensa por mostrarem medo. Repreender o cão por ter medo também não seria uma boa solução.



A maioria dos cães, quando estão com medo, respondem fugindo, atacando ou ficando paralisados perante a situação e não conseguem reagir com lógica (tal como as pessoas). Ignorar a situação, ou o cão, é deixá-lo desamparado numa situação difícil.

Imaginem as pessoas que conheço com medo de aranhas: se estiver em casa delas e vir uma aranha não as devo ajudar a colocar a aranha na rua? Devo simplesmente sentar-me a ver TV enquanto ela decide o que fazer com a aranha? Ajudar a resolver a situação parece-me ser a opção mais simpática.


O mesmo acontece com os cães ou gatos. Não devemos ignorar o medo, devemos mostrar o nosso apoio estando ao lado deles, tocando-lhes (com a mão sobre o ombro deles) ou simplesmente desviando-os do que lhes causa medo. Quando fazemos isto não nos devemos mostrar preocupados. Se estivermos preocupados ou com medo podemos aumentar o medo deles.


Apesar do nosso apoio naquele momento ajudar a aliviar o medo que os nossos amigos mostram, não os ensina a ultrapassá-lo. Se o seu cão ou gato mostra medo de estímulos que não podem ser evitados (pessoas desconhecidas, ruídos fortes, foguetes, etc) deve ser treinado caso contrário o medo irá piorar podendo causar fugas ou acidentes.

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